Coleção: suspensão automotiva VW AR-COOLED

Evolução do Fusca no Brasil

A partir de 1950, o "Fusca" começou a ser importado para o Brasil. No dia 11 de setembro de 1950 desembarcaram no porto de Santos 30 Volkswagens e permaneceram por lá em exposição. O sucesso foi imediato, os veículos avaliados em 20 000 cruzeiros, foram vendidos pelo extraordinário valor de 60 000 cruzeiros cada veículo. O modelo importado era o conhecido "Split Window", com vidro traseiro dividido em dois, modelo Export (havia o Standard, mais simples, nunca trazido para o Brasil).

  • 1951 — Getúlio Vargas cria a CDI (Comissão de Desenvolvimento Industrial) e uma comissão visita os EUA em busca de montadoras para instalar-se no Brasil em troca de incentivos fiscais e garantia de remessa de lucros as matrizes. A Chrysler, representada aqui pela Brasmotor (ainda existente hoje, sob o nome Brastemp), mostra-se interessada. Inicia-se a montagem do Fusca e Kombi, no Brasil, por esta empresa.
  • 1952: O governo Getúlio Vargas, através do Aviso 288 da CEXIM (agosto de 1952), proíbe a importação de autopeças para incentivar a produção nacional. O Volkswagen agora conta com câmbio com 2ª, 3ª, 4ª marchas sincronizada.
  • 1953: O Governo lança o Aviso 311 da CEXIM (abril de 1953) proibindo a importação de veículos já montados. A Volkswagen se instala no bairro do Ipiranga, em São Paulo/SP e assume a montagem do veículo. Devido a nova lei, o Fusca passa a ser importado todo desmontando em caixas, chamadas de kits "CKD" ("Completely Knocked Down"). O modelo produzido já era o que tinha janela traseira única, oval.f
Em 1954 passava a contar com janela traseira oval.
  • 1954: Motor 1200 cc com taxa de compressão de 5,8:1 e 30 cv
  • 1955: Portas sem vinco na folha interna. Escape com 2 ponteiras cromadas
  • 1957: Novo cilindro de roda do freio
  • 1958: No modelo 1958 alemão, foi lançado o vidro traseiro retangular, porém no modelo 1958 brasileiro ainda foi fabricado com o teto antigo e o vidro traseiro oval. Nova taxa de compressão 6,6:1, agora com 36 cv.
  • 1959: O Fusca passou a ser oficialmente produzido no país com 54% de nacionalização de suas peças. Dentre as novidades, o novo volante cálice; maçanetas externas ganharam botão de acionamento, para-sol emborrachado, dínamo de 160watts. Além da tradicional padronagem interna branco-cinza gelo, torna-se opcional outras padronagens monocromáticas: azul pastel, azul turquesa, verde berilo e bege havana. A janela traseira aumentou de tamanho e passou a ser retangular a partir deste modelo.
  • Em 1961 o Fusca ganha um novo câmbio, com novas relações de marchas e a 1ª marcha sincronizada. Nova relação do diferencial (coroa e pinhão 7x31) e o painel ganhou uma alça de segurança para o passageiro.
Em 1962, novas lanternas traseiras. A nova janela havia sido introduzida em 1959.
A dianteira tradicional dos anos 1960.
  • Em 1962 o "Fusca" passou a ter chassi nacional, faróis com facho assimétrico (o farol slead-bean sai de linha), gancho cabide nos para-choques; nova lanterna traseira bicolor (versão que durou nos modelos standard até 1983). B2-092630 (12/62) — vidros laterais basculantes; reservatório do lavador de para-brisa pneumático, preso no estepe
  • Em 1963 ganhou bancos dianteiros quadrados com costura eletrônica; novo descanso de braço, reservatório de fluido de freio de plástico, além de amortecedor de direção.12/63 — bomba de gasolina com filtro
  • 1964: Chassi B4-140.230 — nova dobradiça da porta com lubrificação direta no pino (com tampinha de proteção). Chassi B4-142.239 (01/64) — Novo tanque de combustível, mais baixo, que permitia melhor acomodação da bagagem, nova caixa de estepe; Lavador de para-brisa agora preso diretamente na caixa de estepe; uma única caixa de fusíveis no painel (acesso pelo porta-malas) com 7 fusíveis; novas cores e banco com faixa central em tecido "pijaminha". Chassi B4.167.963 (06/64) — limitador de abertura da porta com borracha de vedação. Chassi B4-188.293 — Lanterna de placa maior. Chassi B4-190.292 (11/64) — piscas dianteiros "sorriso curto"; relê de pisca fixado por parafuso. Chassi B4-190.501 (11/64) — Trava de volante e chave de ignição conjugados na mesma peça. 1 de dezembro de 1964 — novos bancos dianteiros de encosto curvo "corcundinha" com faixa de tecido 75% "pijaminha"; forro de teto em uma única peça; Lançamento do Fusca com teto solar, que ficou conhecido como "Cornowagen". Logo o acessório foi rejeitado e muitos proprietários, incomodados com o apelido (segundo rumores dado ao carro por um executivo da Ford)[carece de fontes] mandaram fechar o teto; Barra de direção e terminais de direção com lubrificação permanente
  • 1965: 02/65 — Nova cebolinha de freio. 03/65 — padronizado o tamanho da bateria e sua cinta de fixação. 9 de novembro de 1965 motor B311661 em diante o casquilho do 4º mancal passa a ser montado invertido.
  • 1966: 04/66 — O VW perde o brasão do capô. Nesse ano, a Volkswagen assumiu o controle da Vemag, encerrando no ano seguinte as suas atividades. Em outubro de 1966, já como modelo 1967 o Fusca ganha vidro traseiro 20% maior e depois limpador de para-brisas (novos braços e palhetas) parados no lado do motorista. Estes últimos modelos ainda possuíam motor 1 200 e elétrica de 6 volts, tampa traseira com maçaneta de girar (e saia traseira com desenho "H").
  • 1967: A Volkswagen lançou motor 1 300 cc com 46 cv no lugar do antigo 1 200 de 36 cv. Houve uma alteração considerável em todo o interior, sendo o estofamento branco gelo, com tecido "pijaminha" e laterais gelo e cinza claro do modelo 1966, substituídos pelo estofamento e laterais pretas neste ano, Nas propagandas, apareciam os carros com uma cauda de tigre saindo da traseira em alusão a maior potência. Novo distribuidor centrífugo de tampa baixa, filtro de ar com bocal de aspiração maior; novo pedal do acelerador deslizante; rodas aro 15 com janelas para refrigeração dos freios; comutador de luz alta foi para a alavanca de seta. Vale notar que foi durante esta época que o Fusca sedimentou a Volkswagen no mercado nacional, permitindo o lançamento de vários derivados no mercado nacional, tais como o VW 1600, o TL, a Variant, o KarmannGhia, o TC, o SP1 e 2, a Variant II e o Brasília.
  • 1968: Sistema elétrico de 12 volts. O Fusca ganha retrovisor externo de série, modelo "bracinho". Câmbio com novos sincronizadores na 1ª e 2ª marchas e novos rolamentos com gaiola plástica nas engrenagens do câmbio.
  • 1969: Espelho retrovisor "raquete". Em retrospecto, embora muitos falem que o Fusca de 1954 a 1969 só tenha mudado o vigia traseiro e o para-brisa, neste período foram feitas mais de 2 500 mudanças no motor e em outras partes do automóvel.
Um Fusca 1 500, traseira e
… dianteira.
  • 1970: O Fusca ganha cintos de segurança e extintor de incêndio. Nova pedaleira com pedais de embreagem e freio mais afastados. Na 2ª série, mudanças na frente e traseira: para-choques de lâmina simples, novas lanternas traseiras tricolores (incorporadas as luzes de marcha à ré), adoção da grade na tampa traseira, maçaneta do capô dianteiro com botão de segurança. O capô dianteiro e traseiro ficaram mais curtos, para evitar que se prendessem ao para-choque em caso de colisão. Foi lançado o Fuscão, modelo jovem de acabamento requintado e motor 1500 de 52cv. O Fusca 1 500 durou de 1970 até 1975.
  • 1971: A Volkswagen é a 1.ª montadora brasileira a realizar testes de impacto (crash-test) para avaliar a segurança da carroceria em caso de colisões.
  • 1972: Nova chave de seta; luz de cortesia interna passa da coluna para o meio da porta do motorista.

05/72→ Fuscão 1500: distribuidor tampa alta semelhante ao do 1 200.

  • 1973: Novos faróis de perfil reto, padronizado para atender a legislação quanto a altura do facho em relação ao solo. As janelas laterais basculantes e o sistema de ar quente passam a ser opcional. No Fuscão 1 500, as grades do capô traseiro aumentam.